segunda-feira, 22 de maio de 2017

Para o amor que vai chegar

Em palavras, rimas temos
Na pele, poema inteiro
Na cadência o que fazemos
do encanto um prisioneiro

Da verdade em cada canto
Sou teu verso e melodia
Seco todo o meu pranto
Ao me encontrar com sua alegria

Gira tudo, formas, cores
ao mirar seus olhos risonhos
e nesse desejo, céu, sabores
Colhi surpresas, muitos sonhos

Tudo previ, amor, ternura
Pois bem também eu semeei
Suas palavras são toda a cura
Que ao coração eu desejei

Então paira em meus versos
Então para em meus verbos
Então vibra em meu vértice
Em suma vem e me verte

Seu amor





quarta-feira, 17 de maio de 2017

Em silêncio


Após gritos incontidos,

verbos amigos,

gotejar de pesares,

e sensatos conselhos,

em silêncio, prosseguiu.

domingo, 14 de maio de 2017

Da semente às asas

Da idéia à semente
tece sempre sem cessar
no corpo e na minha mente
um amor de transbordar.

Dou-lhe o colo, o olhar, a mão
e, para sempre, sem medida
dou-lhe o tempo, o coração
e minha alegria incontida.

Contínuo, certo, assaz, constante
pacto do acalentar
sentir junto e a cada instante
incondicionalmente amar.

Ontem, hoje, amanhã, sempre
o tempo passa e eu nem vejo
hoje com asas, ontem no ventre
que sejas feliz é o que almejo.

Saiba meu colo é seu para sempre
nunca, jamais, vou lhe negar
você, ontem, foi minha semente,
mas hoje sei que precisa voar.

Ser mãe é assim é o que sinto
coração fora do peito a pulsar
a gente cuida, ensina, ama
para no fim deixá-los voar.

É preciso, porém, sabedoria
construir asas fortes, seguras
para que os filhos possam um dia
felizes voar nas alturas!



quinta-feira, 4 de maio de 2017

Minha resposta é não!!!

Porque? Eu estava tão serena!
O mundo circulava em calmas ondas...
Vibrantes, mas calmas...
Torrenciais tempestades já se afastavam por completo e meu humor já não era mais instável
ao sentir seus pensamentos insanos,
suas persuasivas e eloquentes ousadias primatas.
E agora, num simples acenar de possibilidade,
você me balança, cerca-me em sua energia
que já reconheço e me torna vulnerável,  irritável e cheia de incertezas?!
Não! Basta!! Já me desfiz em tormentos suficientes para uma vida.
Tal doença não mais me acometerá.
Trocar minha paz por obsessão de outrora, ainda que carregada de prazeres entorpecedores de toda minha lucidez não permito, pois sei que não seguirá comigo, não abandonará sua solidez e dessa certeza não preciso padecer mais uma vez.