domingo, 20 de outubro de 2013

A Zeropéia

A ZEROPÉIA
(Herbert de Souza – BETINHO)

Ia uma centopéia com suas cem patinhas pelo caminho quando topou com uma barata.
Vendo tantas patinhas num bicho só, a barata ficou boquiaberta:
-Mas Dona Centopéia pra que tantas patinhas? A senhora precisa mesmo delas? Olha, eu tenho só seis e são mais do que suficientes! Posso fazer tudo, correr, trepar nas paredes, me esconder nos buracos. Ninguém consegue me acertar na primeira, nem na segunda chinelada!
- É – respondeu a centopéia -, eu não havia pensado nisso! E olha que tenho essas cem patinhas desde que nasci cinqüenta de um lado e cinqüenta do outro...
- Como à senhora faz quando tem uma coceira? – perguntou a barata - Já imaginou o trabalhão, coçando daqui e dali sem parar? Deve ser um inferno ter tantas patinhas! Por que a senhora não amarra noventa e quatro e fica com seis como eu? Vai ficar muito mais fácil e a senhora vai poder inclusive correr muito mais, como eu.
A centopéia nem pensou e amarrou as noventa e quatro patinhas. Doeu um pouco com todos aqueles nós, mas era necessário, e continuou a andar.
Lá na frente se encontrou com um boi.
Quando o boi viu a centopéia andando com seis patas ficou intrigado:
- Dona centopéia por que seis patas? Para que tantas? Olhe, eu só tenho quatro e faço o que quero! Corro, participo de touradas, pulo cerca quando quero, sou forte e todo mundo me admira! Por que a senhora não amarra mais duas patinhas e fica com quatro? Vai ficar mais ágil e vai correr tanto quanto eu...
A centopéia amarrou mais duas patinhas. Doeu um pouco, já estava quase dando cãibra,
mas era necessário, e continuou a andar.
Lá mais na frente, já andando com certa dificuldade, a centopéia se encontrou com
o macaco.
Quando o macaco viu a centopéia andando com quatro patas, ficou curioso.
Olhou bem, contou e recontou, e não se conteve:
- Mas... Dona centopéia, por que tanta pata se a senhora pode andar com apenas duas, como eu? Veja como eu faço: pulo de galho em galho, corro, ninguém me pega nesta floresta. Por que a senhora não amarra mais duas patinhas e fica assim, como eu?
A centopéia nem pensou e amarrou mais duas patinhas. Agora só tinha duas patinhas livres, poderia viver em paz, como a maioria dos bichos da floresta, e se parecia até com as pessoas, podia até pensar em ter nome de gente, como Maria ou Florinda.
E continuou a andar, com muita dificuldade, mas tranqüila. Havia seguido todos os conselhos que recebera pelo caminho.Velhos tempos aqueles em que tinha cem patinhas livres!Quanto trabalho à toa! E continuou a andar.
Mas lá na volta do caminho, de repente, viu a dona cobra!
A centopéia sentiu um friozinho na barriga.
- I! – pensou ela – a dona cobra nem patas têm!
Não deu outra. Quando a cobra viu a centopéia com suas duas patinhas, foi logo parando
e dizendo:
- Por que andar com essas duas patas num corpo tão comprido e desajeitado? Será que você não sente que está sendo ridícula andando só com duas patas? E, afinal de contas, pra que patas pra andar? Não vê como eu corro, escapo, ataco, meto medo, serpenteio, subo em árvores e até nado sem patas? Por que não completa a obra e amarra tudo de uma vez?
A centopéia então, amarrou as suas últimas patinhas, pensando que podia ser que nem a cobra. E não podia. Ali mesmo ficou pedindo socorro e gritando por todos os bichos da floresta:- Ei, dona barata, seu boi, seu macaco, dona cobra! Venham me ajudar! Não consigo mais andar! Eu, que tinha cem patinhas, deixei de ser uma centopéia e acabei virando uma zeropéia!A turma da floresta, pra concertar a situação, teve então uma idéia, a de fazer um carrinho bem comprido para a centopéia poder se locomover. A centopéia ia virar a primeira zeropéia motorizada da floresta!
- Mas como é que eu vou dirigir esse carro se não tenho mais patinhas?
Foi um drama! Os bichos foram logo discutindo:
- A barata dirige, pois foi ela quem mandou amarrar noventa e quatro patinhas de uma só vez!
- Não, não, não! Dirige o boi, que mandou amarrar mais duas patas!
- Melhor o macaco, que mandou amarrar mais duas.
- Negativo! Dirige a cobra, que mandou amarrar tudo. Até que a centopéia se deu conta, pensou bem pensado e disse para todo mundo:
- É, gente, a culpa é minha! Eu não devia ter escutado essa conversa fiada de amarrar patinhas! Eu não sou barata, não sou boi, não sou macaco e nem cobra; eu sou é eu mesma, uma centopéia que quase virou uma zeropéia.
A centopéia agradeceu o carrinho, mas, mandou a bicharada desamarrar todas as suas patinhas. E decidiu que o mais importante era ser ela mesma e ter as suas próprias idéias na cabeça...

Sonho x Projeção

Como saber se está sonhando ou projetado no astral
Como saber se está sonhando ou projetado no astral?

"A diferença básica entre um sonho e uma projeção astral está no modo em que atuamos em ambos.
Geralmente o sonhador tem pouca ou nenhuma autonomia sobre os fatos que ocorrem, sendo que deste modo costumam aparecer situações extremamente bizarras que são vivenciadas pelo receptor com normalidade, pois todo aquele que sonha, está numa situação passiva em que é acometido por imagens oníricas.
O motivo deste fato acontecer é devido a alguns aspectos. Em primeiro lugar ocorre quando a pessoa em questão vive situações emocionais conflitantes de difícil "digestão", e então, numa tentativa de se reorganizar internamente, projeta as suas emoções nas diversas modalidades de sonhos, sendo que a mente as recria em imagens simbólicas devido à dificuldade de se enfrentar os fatos em si. (Imagens estas que são recriadas no plano astral, pois mesmo em um sonho, estas transcendem o lugar da mente).
Uma situação traumática não vivenciada em sua plenitude, poderá ser retomada através de sonhos que aparecerão com diversas facetas diferentes, mas sempre com o mesmo conteúdo energético a ser trabalhado.
Uma determinada situação - quando não estiver muito clara à pessoa - poderá ser reorganizada através de diferentes caras, fantasias e desejos.
O mesmo pode acontecer nas situações obscuras onde existem fatos que as pessoas não tem nem a coragem de contar para si próprias, e estes podem se modelar de tal modo a aparecer assustadoramente para a vítima do sonho.
Em resumo, aquele que sonha, na verdade está sendo sonhado e é a 'vítima' do mesmo, pois durante o seu sonho não costuma ter senso crítico algum, portanto não sabe do seu poder de ação para transmutar a realidade que se apresenta.
E é também deste modo que os sonhadores 'recebem' as suas vidas, nesta postura passiva onde os fatos chegam até eles inusitadamente e eles - como vítimas dos mesmos - buscarão como poder lidar com as situações já apresentadas.
Estes seres ainda não sabem o quanto podem criar as suas próprias realidades.
Numa projeção astral, diferentemente de um sonho, o projetor sempre está à frente com o seu poder de ação, percebe as situações com senso crítico e mais - ao mesmo tempo - capta toda a realidade por onde transita... isto é, tem a visão multimodal, percebe simultaneamente o todo, o clima e o que sente, questiona-se com frequência sobre os seus sentimentos, nota o que o outro sente, o chão em que pisa (se estiver numa 'fisicalidade' com chão).
Toda a percepção passa a ser simultânea.
Mesmo que a princípio, o projetor possa não ter a clareza de estar fora do corpo, assim que volta e ativa a sua pára-memória, tem a certeza absoluta que vivenciou uma projeção astral e não um sonho, sendo que esse é só o começo da aventura.
O quanto mais se avança em canais de lucidez, mais se transita por diversos padrões de realidades fora do corpo percebendo que se está lá.
Por intermédio das projeções astrais lúcidas, podem-se ampliar os inúmeros canais conhecidos como paranormais aqui nesse plano e a pessoa entende de outra maneira o que são os sonhos premonitórios e outras tantas manifestações expontâneas, pois acessa todo seu poder de ação e captação com consciência."

(http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=00950)

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Perdhro

Os caminhos são secretos e ocultos e forças profundas de transformação estão agindo. Elevando a cabeça para o céu e  os pés  fixos  no  chão, ajude  todos  os  que caminham a seu lado para o mesmo objetivo: o autoconhecimento.